segunda-feira, 21 de maio de 2012

Manchetea dos Jornais de Hoje (Folha de São Paulo)


Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Volume de investimento do governo cai em 2012

Agora S.Paulo
Veja como garantir em 2013 os atrasados acima de R$ 32.7000

O Estado de S.Paulo
Mensalão e Cachoeira terão impacto em eleições, diz ministro

O Globo
Professor tem salário mais baixo do país

Correio Braziliense
Governistas se apegam à mordomia do 14° e 15°

Estado de Minas
Basta subir na moto para tirar a carteira

* Valor Econômico*
CGU vê irregularidades em aplicações do FGTS

Brasil Econnômico
Para Fazenda, quem só olhar o curto prazo vai perder mercado

Zero Hora
Burocracia emperra utilização de escolas fechadas no Estado

*
Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Paquistão é debatido na reunião da OTAN

The Washington Post (EUA)
OTAN foca no fim das guerras

The Guardian (Reino Unido)
Polícia rejeita novo inquérito de Lockerbie

Le Figaro (França)
Legislativas: direita se mobiliza para ganhar

El País (Espanha)
Rajoy descarta ajuda aos bancos e confirma apoio de Merkel

Clarín (Argentina)
Mesmo com time B, Boca é igual ao Boca

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Novas gravações da PF complicam jornalista da Veja



Áudio aponta que Policarpo Júnior sabia dos negócios de Cachoeira com a Delta

Novos áudios da Operação Monte Carlo que vazaram na internet complicam ainda mais a situação do jornalista da revista Veja Policarpo Júnior, gravado pela Polícia Federal em ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e citado pelo grupo do contraventor em dezenas de diálogos.
As gravações são de 10 de maio de 2011. Em diferentes trechos, Cachoeira conversa com o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu, deixando claro que Policarpo sabia da ligação do contraventor com a Delta. Mas, segundo Cachoeira, Policarpo não iria divulgar nada porque a intenção era mostrar outra questão ligada à empresa.
Em um dos trechos, Cachoeira diz que Policarpo não os “colocaria em roubada” e que ele “sabia de tudo” sobre a relação de Cláudio Abreu, a Delta e o bicheiro.
— O Policarpo é o seguinte: ele não alivia nada, mas também não te põe em roubada, entendeu? Eu falei, eu sei, ó: “Inclusive vou te apresentar depois, Policarpo, o Cláudio, eu sou amigo”, eu falei que era amigo do cê de infância. E ele: “Então, ele trabalha na sua empresa”, falou assim, “vai me contar que você tem ligação com ele”. Ele [Policarpo] sabia de tudo. “Eu não vou esconder nada de você não, Policarpo, o Cláudio é meu irmão, rapaz”.
O jornalista não teria interesse em publicar essa informação. A intenção dele era mostrar que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu havia ajudado a Delta a “entrar em Brasília” durante a gestão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
Policarpo teria ficado sabendo por uma fonte fora do grupo de Cachoeira que houve uma reunião em Itajubá (MG) e estaria atrás de um flagrante da entrega de “dinheiro vivo”. O bicheiro, entretanto, negou que tenha ocorrido essa reunião e desmentiu a informação.
No final de semana anterior, a revista Veja publicou a reportagem “O segredo do sucesso”, em que vinculava o crescimento da empresa Delta à consultoria de José Dirceu.
Segundo Cachoeira, no diálogo gravado pela PF, Policarpo o consultava porque confiava nele.
— Aquela hora eu tava com Policarpo, rapaz. Antes do almoço ele me chamou para conversar. Mil e uma pergunta, perguntou se a Delta tinha gravação, defendi pra caralho vocês, viu. [...] O Policarpo, ele confia muito em mim, viu? Vô ter que mostrar a mensagem que ele mandou antes, 10 horas da manhã para me encontrar aqui em Brasília, eu tava aqui fui me encontrar com ele.
Mesmo diante da resposta de que Cachoeira teria defendido a empresa, Cláudio Abreu pergunta:
— O cara vai aliviar pra cima da gente?
O bicheiro então confirma que “a história” que Policarpo queria era outra e pede que o ex-diretor da Delta esqueça o assunto.
– Não, não fala que eu te falei tá? Mas a história tá em cima de Itajubá, tá na reunião, que aquilo lá já deu, esquece, ô, Claudio, esquece, falei mil e uma coisa.
Procurada pela reportagem do R7, a revista Veja disse que não vai comentar o assunto.
Depoimento
Na última reunião da CPI, na quinta-feira (17), mesmo com apoio do senador Fernando Collor (PTB-AL) e de parte da bancada do PT, os parlamentares desistiram de pedir à PF as gravações telefônicas das conversas entre Cachoeira e o jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal da revista Veja e um dos redatores-chefes da publicação.
Diante da forte reação da oposição e de parlamentares da base aliada, a comissão preferiu apoiar uma proposta para pedir à PF o repasse, ordenado por nome, de todos os grampos telefônicos feitos nas operações Vegas e Monte Carlo.
Em termos práticos, a decisão não muda em nada a intenção de acesso às conversas do jornalista.
Para justificar o envio das conversas entre o contraventor e o jornalista, Collor disse, no início dos debates, que é preciso analisar os trechos dos diálogos para verificar se fica comprovado “um conluio mancomunado entre Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira”.
O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), insistiu na aprovação do pedido de Collor com o argumento de que “nenhuma profissão pode cometer crimes”.
— Esse jornalista teve uma relação de 10 anos com esse criminoso.
O delegado da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo, disse em depoimento à CPI, que o jornalista Policarpo Júnior sabia das ligações entre Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A informação foi publicada pela revista Carta Capital.
Mesmo assim, Veja mostrava para seus leitores Demóstenes como referência de ética no Senado.

 

sábado, 12 de maio de 2012


Coluna Panorama Político de Hoje (12-05-2012 - SÁBADI) do jornal O Globo (Do Blog de Ilimar Franco), no Painel do Paim


Stress na PF
          A presidente Dilma ficou enfurecida com o delegado da PF Matheus Mella Rodrigues por tê-la citado na lista de autoridades captadas pelo sistema Guardião. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) ouviu poucas e boas. O puxão de orelhas foi retransmitido para o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, que advertiu o delegado. Ele havia sido avisado que não deveria colocar no ventilador a lista de autoridades citadas pelo trupe de Cachoeira e que são presumivelmente inocentes.
O escorregão da CPI
Durante uma hora, na tarde de quinta-feira, na sessão secreta da CPI do Cachoeira, seus integrantes debateram se o delegado Matheus Mella Rodrigues daria conhecimento de uma lista de autoridades citadas nos grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal. Alguns queriam uma cópia da lista. O presidente da Comissão, Vital do Rego (PMDB-PB), após manifestação favorável da ampla maioria, pediu que o delegado fizesse a leitura. Antes porém, Vital fez um pacto de que os nomes não seriam tornados públicos, pois a nominata não era de integrantes da organização criminosa, mas de personalidades citadas ao léu.

"O problema deste País não é cocaína nem crack! O problema deste País é bebida alcoólica!” — Magno Malta, senador (PR-ES), na aprovação da Lei Geral da Copa


COISA NOSSA. A desenvoltura da Delta na cidade do Rio, segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) precisa ser investigada na medida em que hoje são conhecidos seus métodos e sua aliança com o crime organizado. A Delta entrou na cidade em 2001 quando Cesar Maia (DEM) assumiu a prefeitura. Mas Chico Alencar chama a atenção: "Na gestão de Eduardo Paes a porcentagem de dispensa de licitação dobrou".

Limite regimental
Os integrantes da CPI estão sendo alertados que os governadores não podem ser convocados para depor. O artigo 146 do regimento do Senado diz que não são admitidas CPIs para investigar as atribuições do Poder Judiciário e dos Estados.

O controle
A investigação da PF descobriu que Cachoeira recebia 30%, tendo como piso R$ 25 mil, de todas as casas de caça-níqueis no Centro-Oeste que pertenciam a terceiros. Quem não pagasse tinha seu negócio fechado pela ação da polícia.

O PSDB mirou no próprio pé
Desde a CPI do PC Farias, em 1992, e da CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, que não se via nada parecido. Em 92, um aliado do ex-presidente Fernando Collor, o então senador Espiridião Amin deu a vaga do partido na CPI para um oposicionista, o então senador José Paulo Bisol. Em 93, o PMDB abriu mão da presidência da CPI que cassou seus principais quadros na Câmara. Agora, o PSDB deu assento na CPI, que investiga malfeitos de tucanos, para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Nova estatal
A Fiocruz, que faz congresso para debater a criação de uma subsidiária para fabricar vacinas e medicamentos, foi surpreendida com a formação pelo governo Dilma de um Grupo de Trabalho Interministerial para tratar do assunto.

Diretas já
A OAB do Rio lança, na segunda-feira (14), uma campanha para acabar com a eleição indireta para a OAB nacional. Wadih Damous, presidente da Ordem no Rio, quer o fim da "marginalização de mais de 700 mil advogados".

O SECRETÁRIO do Meio Ambiente do PCdoB, Aldo Arantes, também critica o texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara, cujo fiador foi o ministro Aldo Rebelo (Esporte).
DEZENAS DE ONGS lançam na próxima terça-feira a versão 2012 da campanha "Fim aos Paraísos Fiscais". As assinaturas de apoio serão entregues aos líderes do G20 na reunião do mês que vem no México.
O MINISTRO José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal a abertura de investigação sobre denúncia de grampo nos telefones da senadora Ana Amélia (PP-RS) e da deputada Manuela D'Àvila (PCdoB-RS)