Folhaonline/cb
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso na noite de quinta-feira para criticar editoriais feitos por quem ele chamou de "falsos democratas".
"De vez em quando é bom ler [editoriais] para a gente ver o comportamento de alguns falsos democratas, que dizem que são democratas, mas que agem querendo que o editorial fosse a única voz pensante no mundo", disse, na 2ª Conferência Nacional de Comunicação.
Na quinta a Folha publicou o editorial "Passou do Limite" que considerou "escandalosa" a declaração de Lula que equiparou presos políticos a comuns ao comentar a greve de fome de um ativista cubano.
O "Estado de S. Paulo" publicou no mesmo dia o editorial "A ditadura justificada" sobre o assunto. Lula citou editoriais da década de 50: "Peguem alguns editoriais de 1953, quando se pensou em criar a Petrobras. O que eles falavam? Que o Brasil não precisava fazer prospecção de petróleo, que aqui não tinha petróleo."
No mesmo discurso, afirmou que o governo resolveu cortar gastos com publicidade nas TVs e que isso despertou "curiosidade". Segundo o presidente, recursos pagaram "apenas a mídia técnica, ou seja, "você vai ganhar pelo que você vale e não pelo que você pensa que vale'". E concluiu: "Neste país, eles não estavam acostumados a ter um presidente que não precisa almoçar com eles, jantar com eles para governar."
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